Como se escreve sobre o que não é consciente??
Senti o cheiro verde do colo, a batida do coração saindo do peito
O afago, a entrega, a coragem
Carinhos sem pena
Dedos, pés, costas, cabelosO fora é tão profundo...
Tremer... "deixa sair, Claudia"... "não segura"...
Bicho com boca que afaga...Fernando...
Criança com olho que toca...Angela...
Nômade com peito que chora..Samara...
Bicho com dedo que vê...Camila..Paulo...
Criança com mãos que riem...Daniel...
Criança com costa que brinca...Simone...
Bicho com braço que fala...Bernardino...
Bichos...crianças...nômades...todas...intensas...
Construindo forças ativas, fortes, libertadas...
"Levanta a cabeça"..."Olha nos meus olhos"... "Agora você tem uma saia"
Ê Ana! Ê Bethânia!
Que importa se tocam de homens e mulheres, de mulheres e mulheres, de homens e homens?
Saudo a coragem de ser quem se é!
Masculino... feminino... homem... mulher... hetero...homo...
Querer feminilidade! Querer masculinidade!
E se alguém duvidar que o tempo não é cronológico, respondo:
Ontem vivi o sábado da comunhão! Imanescência...
Longos e profundos breves minutos de se ser cuidado e se deixar cuidar!
Longos e profundos breves minutos em que se nasce a mesma e outras!
Desejar amar e ser amada pelas crianças-bichos-nômades de Uberaba!
Abrir mão da covardia!!