circulam "gentes", circulam rindo, cantando, desfazendo laços,
criando teias-aranhas...
Ternura de Jorge... revolta de Ana... as mulheres da guerra...
uma paraibana que chora por seus meninos mortos...
a língua de Pritama... beijos em Baremblitt...
As entranhas que estão nos pés, nos dedos, nas mãos, nos pelos,
no corpo sem órgãos de Artaud e sua denúncia dos espermas infantis
e seus filhos futuros. Salve a voz esganhiçada, gutural que catuca:
"Vai! Vomita! Caga! Denuncia!"
Não querer para si um corpo pleno de capitalismos, de vaidades...
Ninguém precisa ler isto, nem eu... Quero ser pura biolência!!!!
Um pouco de Mehry multiplica o mundo:
"Perdemos no macro, mas ganhamos no micro" ou
"sou um pessimista no macro, mas um otimista no micro"
Querer uma clínica menor, uma relação menor, pequena aliança!!!
A que, a quem os pescadores cativam em suas redes?
Na minha rede cativo quem, o que?
Entre jovens que falam e riem sem parar, ela passa...
NEGRA e SILENCIOSA. Parece uma aparição!
Agora está tão perto, observa - é rainha africana escravizada.
Me catuca. Eu que me reuno com seus, com meus antepassados.
E Ju-Flor? Com seu devir-menina que insiste em querer mudar o mundo
com uma pergunta: " tem certeza que o ônibus vai sair mesmo às 10
pra meia-noite?"... pensa... de novo... "eu sou a Ju Flor de SP"...
do outro lado alguém: "Ju Flor? conheço? todo mundo já sabe de você"
Pergunta-se : como criar linhas de fuga se o táxi no sábado custava
R$ 20,00 e no domingo custa R$ 30,00? Há Ju-Flor que negocia...
Patrícia que vai atrás da oportunidade...
Mas também há ausência na fila que não anda e ninguém reclama...
Depois de ser incitado a criar um Brasil novo, a fila nos empobrece.
É a evidência do "falar e não fazer"? Não respondo. Fiz. Gritei.
Denunciei.
Quem quer lutar a grande luta? Criar os "fronts" nas "existências" e
nos cotidianos e nas conexões dos encontros?
nos cotidianos e nas conexões dos encontros?
Você topa criar teia-aranha pra produzir acontecimentos?
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