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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

ESQUIZOANÁLISE: QUE BICHO É ESTE?

                                                                                               JORGE BICHUETTI

Queridos, como clarearei tão difícil indagação? Não é lua, mas noto-a cheia de luar e enluarada...
Tudo começa com u proósito claríssimo: unir no desejo na produção e a produção no desejo...
Se constrói, e vira um pensamento, uma arte, uma política, um modo de vida, uma clínica, uma prática social e muito mais...
O bicho engoliu os indigestos e soberbos és e defecou fertilíssimos es... Assim, se tornou eclética, heterodoxa, dada a juntar, roubar e conectar elementos distintos e montar uma caixa-de-ferramenta.
Não crê num papel saudável das identidades restritas e rígidas: valoriza, assim, a singularidade, a multiplicidade, a diferença e o devir...
Tudo e todos somos metamorfoseantes...
Para Deleuze, tratava-se de matar ( destroçar) o ego e caçar linhas de fuga...
O mundo estriado, normativo e repressivo, vigia e impede o novo... então, só há um caminho: driblar os registros e controles e contornando os mecanismos do instituído, fabricar linhas de fuga que vitalize, Dê consist|ência e atualize a produção desejante, inovadora, criativa e inusitada.
São "pensares e agires" que se sustentam no projeto ético-estético de afirmação da vida, vida de bons encontros e paixões alegres, de desejos e vontades de potência.. Num combate aguerrido a todo poder. Visa raspar os mecanismos internos e extrnos de dominaão, exploração e mistificação...
Já não abona o tédio das repetições, das cópias... Ousa apostar na vitalidade e fecundidade da diferença...
Obstinadamente, alisa a vida para que esta possa ser territórios de devires e aontecimento...
Que não criados por autores, já que tudo , para ela , se dá no ENTRE...
E é nos ENTRES que conectamos pessoas, idéias, peças e coisas e sonhos e montamos dispositivos, espaços de transversalidade que nos permite superar o sujeitinho e as nossas subjetividades assujeitadas, para num processo de subjetivação produzir nossa própria vida como obra de arte...
Daí, nós que éramos prisineiros de um inconsciente teatral, reducionista e familialista e de um desejo regressivo e repetitivo, sempre objetal, nos descobrimos deuses....
Nosso insconsciente é desejante e produtivo, não é nuclear, fala do futuro e é um rizoma que rizomatiza toda nossa vida.
E o nosso desejo é contrutivismo... Um invento prazeroso do entre que não possuindo um objeto único... nos reinventa como potência amorosa e liberdade plenificada.
Assim, é este bicho... Um vôo, uma fecundação, uma estrela bailarina grudada nos nossos pés de andarilhos..

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