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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PALAVREANDO

                                                                                          Josiane Souza


Tentei inventar as cores de eu pintura,
Nesta tela sôfrega de mim entardecer.
Toquei fios de pincéis ainda emaranhados,
Que sobre minhas tintas fez nascer.

Nascer.. de entranhas incógnitas,
De onde não enxergo pude ver...
Prenha de mim e do mundo,
Parida desse a-fecto de viver.

Raízes se espandem do coletivo das mentes,
Se conectam com o universo em verso.
Explodem em big-bangs dormentes.

De meus pés, brotam orelhas!
Ouçam a fertilidade dessa terra...
Desperto, e sou flor, rodeada de abelhas.

Um comentário:

  1. Josie, uma flor rodeada de abelhas... A ternura sendo fertilizada na suavidade de um belo e esplendoroso alvorecer...
    Abraços, bela poetiza do devir e do por-vir...
    Jorge

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