Páginas

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Ressoando - esquizodrama dia 27\01

05\01\2011

“Arco-ìris do Desencanto – eterno-retorno dos movimentos!”

A menina, em sua pequenez e olhar ingênuo, apesar de não poder vê-lo nitidamente, ainda está embaçado entre nós..
Seu vestido, branco, épico, em toda fulgacidade de séculos atrás de distancia entre nós... há muito tempo, nem sabia de sua existência... ela então, ao brincar com outra menina, numa dança de fios de cabelos coloridos....se apresenta, ao mundo, ao enfrentamento de olhar e andar, caminhar, entre-mundo... Tornar-se, apropriar-se de suas partes, compostas, de-compostas, expostas, acessas!
Ela foge, num ligeiro desviar de olhos, triunfantes de certeza de loucura, medo!
Mas, o retorno-eterno, não idêntico, imagem...em fluxos, ressoa novamente sua presença...ora em asas de borboletas, ora em pássaros pequenos e cantantes que em ritmo acompanham, seu movimento fulgaz e deslizante ....ora, no arco-íris nítido frente aos olhos, frente ao corpo, que para, e imóvel em alguns instantes, admira, apenas admira, sente nos acordes da pele, as cores que intensificam, em arco, em multiplicidade retorna...
Aos movimentos!!!
Chega de matá-la, esconde-la, vê-la épicamente num sonho distante, cheio de terror, quando sustentas o encontro que acontece entre “elas”....possibilidades....afirmação da simplicidade, como o vento que toca a pele, enquanto caminhas pelas ruas, pelos becos, pelos ventos, através da chuva, da poça, dos corpos em movimento!

Um comentário:

  1. Natália, como é bela suas ressonâncias.. um poema do devir num entre uma borboleta e a ternura; a sensualidade uma flor...
    Esquizodrama é o drama do devir...
    Devir suavidade num plano de libertação e vida...
    Abraços, Jorge

    ResponderExcluir